Você conhece o método do Triângulo Realizável?
Gosto de desenhar e de simplificar.
Quando tenho a oportunidade de ajudar empresários/executivos a fazerem planos e organizarem projetos, recorro sempre a imagem do triângulo realizável:
Simples no traço. Poderoso na prática.
Imagine um triângulo (ilustrado acima) com três vértices: Tarefa, Tempo e Recursos. Essa é a equação invisível por trás de qualquer entrega — seja uma fábrica nova, um produto digital, ou um plano de sucessão. E aqui vai o ponto central: você pode até tentar desafiar esse triângulo, mas ele não será ignorado sem cobrar seu preço.
Se a Tarefa é clara e o Tempo é curto, só há um caminho: aumentar os Recursos (sejam pessoas, capital, tecnologia ou foco).
Se os Recursos são limitados, você precisa dilatar o Tempo e/ou reduzir a Tarefa — do contrário, o plano nasce como um castelo de areia em dia de maré alta.
Se o Tempo é inegociável, o ajuste terá que ser no escopo da Tarefa, ou então será necessário investir muito mais em Recursos para realizar no prazo.
É uma dança de três pontos. Tirar ou tensionar um sem compensar nos outros dois é receita certa para frustração — e para noites mal dormidas.
Executivos experientes sabem que uma promessa feita no calor de uma negociação, para agradar um cliente ou atender um superior impaciente, pode parecer uma vitória… até a hora de cumprir. A frustração, a exaustão da equipe e o descrédito interno geralmente cobram um preço alto — e desnecessário.
Aqui na Vistage, temos uma expressão que resume isso bem: planos impossíveis são fonte de ilusão, frustração e desgaste.
E é por isso que líderes de alto desempenho desenvolvem, antes de tudo, a coragem de dizer:
“Isso não é realizável neste formato. Mas aqui está o que é.”
Essa clareza e responsabilidade na hora de projetar um plano é o que separa líderes visionários de ilusionistas corporativos.
Está desenhando um projeto importante para sua empresa ou sua carreira?
Está avaliando como equilibrar recursos com prazos e metas reais?
Talvez o Triângulo Realizável seja o primeiro passo visual para colocar as cartas na mesa e construir algo que seja de fato… possível.
Se quiser trocar uma ideia, estou por aqui.