Seria ele a representação de uma das forças do seu país?
No Brasil, há uma certa aversão ao empresário. Historicamente, nossa cultura nunca o colocou como herói. Pense nas novelas, que durante décadas moldaram boa parte da mentalidade popular: o empresário é quase sempre o vilão. É o traidor, o corrupto, o impiedoso. Aquele que explora, engana e só pensa no lucro. Raramente vemos o empresário como um motor da sociedade, como alguém que gera empregos, paga impostos e impulsiona a economia.
Mas e se estivermos olhando pelo ângulo errado?
O empresário é uma força ativa da sociedade. Se temos melhores empresários e melhores CEOs, temos um país melhor. Essa não é apenas uma frase bonita, é um fato econômico. Mais de 70% do PIB brasileiro vem do empreendedorismo – desde aquele que vende cachorro-quente na esquina e emprega uma pessoa até os gigantes que geram milhares de empregos diretos e indiretos. O Brasil avança porque há empresários que arriscam, investem, criam e transformam.
Nosso país carrega uma herança cultural complexa sobre riqueza e sucesso. Danilo Fedel, um grande amigo, uma vez me disse que a raiz dessa mentalidade pode ter começado com Dom João VI, que, ao chegar ao Brasil, criou pesados impostos sobre grandes fortunas. A mensagem que ficou? “Ser rico é errado.” O tempo passou, mas o estigma permaneceu.
Mais recentemente, vivemos a era da prosperidade superficial. O sucesso muitas vezes é confundido com influência digital, e a construção real da sociedade pelo empreendedorismo de verdade acaba diluída em um oceano de promessas vazias e fórmulas mágicas.
Mas são o empreendedorismo e a política que mudam a sociedade. São esses os dois grandes motores de transformação. E, quando olhamos para o Brasil de hoje, precisamos fazer uma pergunta:
Queremos um país mais forte? Então precisamos de empresários mais fortes.
Se você ainda tem dúvidas sobre o papel do empresário no desenvolvimento do país, olhe para Ayrton Senna, um ícone nacional. Ele dizia:
“No que diz respeito ao compromisso, ao esforço e à dedicação, não existe meio termo. Ou você faz uma coisa bem feita ou não faz.”
Esse pensamento resume o espírito empreendedor. O verdadeiro empresário arrisca, se compromete, dá tudo de si, gera empregos, paga impostos e move a economia do país. Ele não tem “meio termo”. Ele faz acontecer.
O problema não está em termos grandes empresários. O problema está em não valorizarmos os bons empresários – aqueles que investem em pessoas, criam oportunidades e fazem o Brasil avançar.
Se você, assim como eu, acredita que um país forte precisa de líderes fortes, convido você a se juntar a nós na Vistage. Aqui, trabalhamos todos os dias para formar melhores empresários, melhores CEOs e um país mais próspero.
Porque, no final das contas, o empresário é sim uma das forças mais poderosas de uma nação.
A única questão que resta é:
Quando vamos começar a valorizá-lo de verdade?
Por isso, pensando em qual seria o melhor contexto para este quadro de crônicas nas quais escrevo com tanta entrega e dedicação, para que empresários(as) possam ser impactados por histórias reais e que possam servir de inspiração, decidi atualizar o nome deste quadro para “Melhores empresários. Melhor país”. Uma forma simples de homenagear esta figura tão resiliente quanto a do(a) empresário(a).