O isolamento da alta gestão

Por Andréa Dal Maso, Coordenadora da Vistage

O que leva empresários, presidentes, diretores, executivos, homens e mulheres, a se isolarem dentro das organizações?

Será que o medo os protege dos perigos que não podem controlar? Não deveria alertá-los ao invés de engessar?

É possível que essas pessoas, que combatem 365 dias por ano, tendam a evitar exposições e interatividade fora da empresa, como forma de evitar instabilidades. Mas será que funciona? Esta é a melhor forma de conduzir os negócios, as pessoas, a vida e as adversidades quando elas surgem? Isso o deixa feliz?

Ser bem sucedido é sinônimo de infelicidade?

Tal Ben Shahar, no seu livro sobre a felicidade, diz que um rato de laboratório pode ser caracterizado pela incapacidade de desfrutar o que faz.

E por que abordar estes temas, isolamento dos empresários, medo e felicidade?

Porque encontro líderes solitários, que preferem se isolar, acanhados, praticamente enclausurados nas suas organizações. Me deparo com pessoas se protegendo, evitando trocas, exposição, autoconhecimento, oxigenação.

O reverso desta moeda é enfrentar o medo e encontrar a coragem de olhar para fora e estabelecer trocas.

Seja você o(a) presidente, o(a) CEO, o(a) empresário(a), que enfrenta turbulências nestes tempos de COVID19, talvez nem tenha percebido seu isolamento. Seu negócio pode correr riscos quando você não realiza trocas.

Em tempos difíceis, a abertura pode ser uma forma de encontrar soluções, renovar ideias, visões e minimizar riscos para seu negócio.

Portanto, coragem! Saia do isolamento, reúna-se com pessoas, faça contatos – mesmo que em home office, on line -, faça conexões. Você e seus negócios já não são mais os mesmos, não dá para controlar as mudanças. Como, e por quê, você enfrentá-las sozinho?

 

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1 Comments

  • Hoje o nosso ” inimigo ” número um é a COVID. Será ?
    Se repararmos bem, vivemos hoje, inúmeras vezes cercados por grades em nossas casas ,transformadas muito provavelmente em nossos escritórios home-office ,de maneira generalizada, num futuro bem próximo.
    Ficamos isolados em nosso lar, porém conectados cercados por uma segurança cibernética que teoricamente protege nossos ativos , hoje banco de dados, com recursos para evitar que hackers, fraudadores , disseminadores de fake news nos ataquem, ladrões de informações muitas vezes pessoais vasculhados o que nem sempre gostaríamos de compartilhar.
    Será que o nosso inimigo número um, não é o nosso receio de termos nossa vida ameaçada por um mal que neste momento é um vírus ?
    Muitas vezes nos isolamos involuntariamente. Nosso inimigo pode estar sentado na mesa ao lado.
    Fica e pergunta: Como confiar no próximo, acreditar em suas intenções e não me expormos em demasia ?
    É absolutamente necessário convivermos FORA DA CAVERNA, mas como perder que este instinto de sobrevivência não nos mate ?
    Temos um longo caminho pela frente.
    Temos que nos reinventar a cada dia e valorizarmos as pessoas, as empresas , a justiça o senso de responsabilidade e a coletividade.
    Sozinhos , assustados (porque não dizer apavorados ?) e não raro sendo individualistas estaremos involuntariamente construindo um futuro sombrio.

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